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Governo Trump já adotou uma série de medidas em apoio a cristãos nos EUA

Desde o início de seu segundo mandato como presidente dos EUA, Donald Trump tem promovido uma série de iniciativas voltadas ao fortalecimento do a...

Governo Trump já adotou uma série de medidas em apoio a cristãos nos EUA
Governo Trump já adotou uma série de medidas em apoio a cristãos nos EUA (Foto: Reprodução)

Desde o início de seu segundo mandato como presidente dos EUA, Donald Trump tem promovido uma série de iniciativas voltadas ao fortalecimento do apoio entre evangélicos e católicos, cumprindo promessas feitas durante sua campanha.

O governo Trump autorizou manifestações religiosas em cargos públicos federais e incentivou o engajamento político de líderes religiosos. Para isso, criou órgãos voltados à promoção da fé, preenchidos com diversas figuras cristãs influentes.

Entre as medidas, estão ordens executivas proibindo homens biológicos de competir em categorias esportivas femininas, fim de financiamento a clínicas como a rede Planned Parenthood, a maior provedora de serviços de aborto do país e um antigo alvo de grupos conservadores cristãos.

Sobre a liberdade religiosa, ações como liberação para evangelizar e grupos de oração no serviço público. Além disso, foi criado um escritório de fé na Casa Branca, liderado por White-Cain, pastora e evangelista independente.

(Foto: Reprodução)

O presidente dos EUA, Donald Trump exibe assinatura em ordem executiva. (Foto: The White House)

Durante o Dia Nacional de Oração, realizado no Rose Garden em maio, o presidente americano declarou: "Estamos trazendo a religião de volta ao nosso país".

White-Cain, que também atual conselheira religiosa da presidência, destacou que na administração Trump, a fé “foi trazida de volta ao lugar a que sempre pertence, que é o centro”.

Conheça algumas das medidas implementadas na atual administração Trump:

- Identidade e tratamento transgênero

No primeiro dia de seu mandato, Trump assinou um decreto que reconhecia apenas os sexos masculino e feminino como biologicamente determinados.

Outro decreto buscava retirar o apoio federal aos cuidados de afirmação de gênero para jovens – uma prática que já havia sido descontinuada por diversas instituições médicas.

Além disso, uma ordem judicial foi emitida com o objetivo de proibir a participação de atletas transgêneros em esportes femininos.

A Universidade da Pensilvânia, sob investigação federal por questões de direitos civis, revisou os recordes escolares anteriormente estabelecidos pela nadadora transgênero Lia Thomas e declarou que pediria desculpas às atletas que se sentiram prejudicadas por sua participação.

- Ações pró-vida

Trump sancionou uma legislação orçamentária que visava reduzir os repasses do Medicaid à Planned Parenthood – a maior fornecedora de serviços relacionados ao aborto nos EUA.

Embora a legislação federal já proíba o financiamento direto de procedimentos de aborto, os cortes recentes afetaram também outros serviços oferecidos pela organização, como acesso a métodos contraceptivos e exames preventivos de câncer.

Em janeiro, Trump concedeu perdão presidencial a ativistas antiaborto que haviam sido condenados por obstruir o acesso a clínicas especializadas nesse tipo de procedimento.

- Escritório de fé liderado por evangelistas

Trump estabeleceu um escritório de assuntos religiosos na Casa Branca, liderado por Paula White-Cain, pastora e evangelista com longa trajetória no meio carismático independente.

(Foto: Reprodução)

Embora administrações anteriores também tenham mantido canais de diálogo com comunidades religiosas, a nomeação de White-Cain destaca a presença estratégica de uma das primeiras e mais influentes apoiadoras cristãs de Trump. Ela já havia ocupado função semelhante durante seu primeiro mandato.

- Força-tarefa sobre preconceito anticristão

Trump instituiu uma Força-Tarefa para Combater o Preconceito Anticristão, presidida pela ex-Procuradora-Geral Pam Bondi e composta por membros de alto escalão do governo.

Com um mandato de dois anos, o grupo tem como objetivo “identificar ações ilegais de viés anticristão” supostamente cometidas durante a administração do presidente democrata Joe Biden, além de propor medidas corretivas.

A iniciativa se baseia em queixas levantadas por líderes cristãos conservadores nos últimos anos. No entanto, críticos questionam tanto a forma como essas alegações foram interpretadas quanto a necessidade de proteções especiais para o grupo religioso mais numeroso do país.

- Comissão de liberdade religiosa

Trump anunciou a criação de uma Comissão de Liberdade Religiosa, composta por líderes religiosos e comentaristas cristãos conservadores – alguns deles aliados políticos do ex-presidente.

A presidência da comissão ficou a cargo do vice-governador do Texas, Dan Patrick, conhecido por defender a exibição de orações e dos Dez Mandamentos em escolas públicas.

O lançamento da iniciativa ocorreu durante um evento de oração na Casa Branca, onde Trump fez uma declaração provocativa sobre a separação entre Igreja e Estado: “Vamos esquecer isso por um momento”.

- Embaixador evangélico em Israel

Trump nomeou o ex-governador do Arkansas, Mike Huckabee – pastor batista do sul e figura influente no conservadorismo religioso – como embaixador dos Estados Unidos em Israel.

A escolha de Huckabee reflete o forte apoio a Israel entre muitos evangélicos, que o consideram uma nação favorecida por Deus.

Em sua posse, afirmou: “Cumprirei as prioridades do presidente, não as minhas”.

- Religião no local de trabalho federal

Em um memorando datado de 28 de julho, o Escritório de Gestão de Pessoal autorizou funcionários federais a expressarem e promoverem suas crenças religiosas no ambiente de trabalho, desde que isso não configure assédio.

O documento também permite a exibição de objetos religiosos e o convite a colegas para participarem de práticas de fé, como orações.

O diretor do escritório, Scott Kupor, justificou a medida afirmando que “nenhum servidor público deveria ter que escolher entre sua fé e sua carreira”.